Sete deputados federais, entre eles Lebrão (União-RO), iniciaram uma greve de fome dentro da Câmara dos Deputados em protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na cassação de seus mandatos. A medida, acatada pela Mesa Diretora da Câmara na terça-feira (29), segue entendimento da Corte que invalidou regras da legislação eleitoral sobre distribuição das chamadas “sobras” eleitorais.

Entre os parlamentares afetados estão Gilvan Máximo (Republicanos-DF), que denunciou a ausência de julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e as deputadas Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP), que também confirmaram adesão à greve de fome. Os manifestantes alegam falta de ampla defesa e classificam a decisão como sem precedentes na democracia brasileira.

A nova composição da Câmara inclui nomes como Rafael é o  Fera (Podemos-RO), que assume a vaga de Lebrão, e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), no lugar de Gilvan Máximo. A decisão do STF declarou inconstitucionais trechos do Código Eleitoral que restringiam o acesso às sobras para candidatos de partidos com baixo desempenho.