Comissão do Senado aprova prorrogação do Plano Nacional de Educação
Ele vai vigorar até dezembro de 2025
Ele vai vigorar até dezembro de 2025
A Comissão de Educação do Senado aprovou hoje (28), em Brasília, o
projeto de lei (PL) 5665/23 que prorroga a vigência do Plano Nacional de
Educação (PNE) até 31 de dezembro de 2025. Inicialmente, o texto previa a
prorrogação até 2028, mas senadores disseram haver um comprometimento do
governo e do parlamento para que a matéria fosse votada o mais rapidamente na
Câmara dos Deputados, para onde o texto foi encaminhado, após ser aprovado pelo
colegiado, salvo se houver recurso para análise no plenário do Senado.
Os senadores aprovaram uma emenda do senador Cid Gomes (PSB-CE) para
reduzir o prazo. Gomes argumentou que a Câmara e o Senado devem se comprometer
com a rápida tramitação da proposta.
Composto por 20 metas, o atual plano decenal vence em 25 de junho.
Instrumento de base da educação brasileira, ele tem como diretrizes questões
como a erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar e
a valorização dos profissionais de educação.
“A nosso ver, a prorrogação por quatro anos, como pretende o texto
original, traz uma sinalização negativa para a sociedade de que o país não é
capaz de fazer o planejamento estratégico da educação e de que nem o Poder
Executivo, nem o Legislativo priorizam as metas educacionais”, justificou
Gomes.
Acrescentou que “embora seja importante assegurar que não haja um lapso
de tempo sem que tenhamos metas definidas para o setor educacional, é também
fundamental que esse lapso seja restrito ao tempo necessário para a deliberação
legislativa compromissada com a educação brasileira”.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) chegou a defender a manutenção do prazo
de vigência em 2028, mas não houve aceitação do colegiado.
Prazo de vigência
“Se manter [a vigência] até o ano de 2028, qual o problema se a gente
aprovou [o novo PNE] antes de findado o prazo”, disse.
"Agora, se a gente coloca no fim de 2025, aí eu pergunto: ano que
vem vamos fazer outro projeto de lei para cobrir a lacuna já que não fomos
capazes de convergir e aprovar esse plano?", indagou.
Autora da proposição, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO)
propôs a prorrogação da lei até 31 de dezembro de 2028, argumentando que a
primeira edição do plano (PNE 2001-2011) - apresentado em 1998 - acumulou, pelo
menos, três anos de análise no Congresso Nacional, vindo a se transformar em
lei somente em 2001.
A senadora disse ainda que o atual PNE (2014-2024) teve tramitação lenta
no Congresso Nacional, virando lei cerca de três anos e meio após dar entrada
no legislativo.
“Eu estou entendendo aqui uma resistência do próprio governo e, ao mesmo tempo, acho que o que estamos fazendo é assumindo um compromisso público de que a gente faça essa tramitação muito rápida na Câmara dos Deputados para que a gente não perca a atual vigência”, finalizou.
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