Chrisostomo e Máximo votam para soltar mandante do assassinato de vereadora e motorista

Curiosamente, até o deputado Lebrão, enrolado com sérias questões judiciais de corrupção, votou a favor da manutenção da prisão do colega

11/04/2024 - 06:41 hs

Porto Velho, Rondônia - Na noite desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados manteve, por uma expressiva maioria de 277 votos a favor, a prisão em flagrante e sem fiança do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Nesse contexto, chama atenção a postura dos representantes de Rondônia, onde apenas dois dos oito deputados federais votaram para soltar o acusado.

Os deputados Coronel Chrisóstomo (PL) e Fernando Máximo (União Brasil) foram os únicos da bancada de Rondônia a votar pela soltura de Brazão, alinhados com a orientação da extrema direita na Câmara, sob influência do ex-presidente Bolsonaro. Tal posicionamento contrasta com a maioria dos parlamentares rondonienses, que votaram a favor da manutenção da prisão preventiva do acusado.

Entre os que se opuseram à soltura de Brazão, destacam-se os deputados Lúcio Mosquini (MDB), delegado Thiago Flores (MDB), Sílvia Cristina (União Brasil) e Maurício Carvalho (União), todos votando pela manutenção da prisão. Curiosamente, até o deputado Lebrão, envolvido com questões judiciais, votou a favor da continuidade da prisão do colega.

A votação, que teve 129 votos contrários à prisão e 28 abstenções, ressalta a importância do posicionamento dos parlamentares em questões de grande repercussão nacional, como o caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A manutenção da prisão preventiva de Chiquinho Brazão foi respaldada pelo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que argumentou a necessidade da medida cautelar diante dos indícios de obstrução à Justiça.

É importante destacar que, apesar das contestações da defesa do deputado Brazão, a maioria absoluta da Câmara optou por manter a prisão preventiva, considerando os graves indícios apontados pelas investigações. A decisão, transformada em resolução promulgada na mesma sessão, reforça o compromisso com a justiça e a responsabilidade dos representantes eleitos perante a sociedade brasileira.