A cantora Anitta bloqueou o presidente Jair Bolsonaro no Twitter após uma nova troca de farpas. Crítica do chefe do Executivo, ela tomou a decisão após o político utilizar uma postagem sua sobre a bandeira e as cores do Brasil ironicamente.

“Meti logo um block pra esses adms dele não ficarem usando minhas redes sociais pra ganhar buzz na internet”, disse Anitta ao justificar a medida.

Ontem, dia em que se apresentou no festival Coachella com as cores da bandeira brasileira, ela mandou um recado que seria destinado a Bolsonaro e seus apoiadores.

“A bandeira do Brasil e as cores da bandeira do Brasil pertencem aos BRASILEIROS. Representam o BRASIL em GERAL. NINGUÉM pode se apropriar do significado das cores da bandeira do nosso país. Fim”, disse.

O presidente da República compartilhou a publicação de Anitta neste sábado (16) ironizando: “Concordo com a Anita” e publicando vários emojis com a bandeira do Brasil.

Anitta chegou a responder. “Ah, garoto, vai catar o que fazer, vai”, disse, antes de bloquear o presidente, que é famoso por usar o mesmo expediente contra críticos e jornalistas em suas redes sociais.

Após o bloqueio, a cantora explicou o motivo da nova abordagem. “É que a estratégia deles agora mudou. Eles estão com uma equipe de redes sociais mais jovem e descolada pra justamente passar essa imagem dele. Fazer o público esquecer as merdas com piadas e memes da Internet que faça o jovem achar que ele é um cara maneirao, boa praça, então nesse momento qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser revertido em forma de deboche pelas mídias sociais dele. Assim o artista vira o chato mimizento e ele o cara bacana que leva tudo numa boa”, disse Anitta.

Ela prometeu não falar mais contra Bolsonaro até o fim da campanha, dizendo que a estratégia do campo de apoio do presidente é usar as manifestações dos artistas a seu favor.

“Comecei a perceber quando eles começaram a usar as músicas dos artistas que odeiam dele no fundo dos seus stories sobre o governo. Agora a estratégia do lado oposto precisa ser citar o nome dele o menos possível. Eu trocaria o ‘slogan’ ‘fora fulaninho’ para ‘muda brasil’ ou algo que desvincule completamente a narrativa do nome dele. Pois isso no momento só vai dar mais mídia e consequentemente mais força. Vocês não me verão falando ‘fora fulaninho’ até as eleições acabarem. E sugiro a quem for contra ele fazer o mesmo”, encerrou.

Via: O Tempo