Polícia desvenda assassinato de garimpeiro e prende quatro envolvidos no crime

23/04/2021 - 13:43 hs

Ronisson Wendel Cadete de Oliveira, João Vitor da Cunha Bezerra, Samara Castro de Souza e Larissa Gomes dos Santos, foram presos preventivamente por policiais da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, acusados de roubar e matar o garimpeiro Antônio Rego da Silveira, 57 anos, encontrado morto em fevereiro deste ano em uma região de mata, após a ponte do Rio Madeira, na BR-319, em Porto Velho.

De acordo com o delegado Vinicius Lucena, no início das investigações, os policiais trabalhavam com a denúncia do desaparecimento do garimpeiro. Dias após a Polícia ser acionada, o corpo de Antônio foi encontrado em estado de decomposição.

Durante os trabalhos periciais, foi confirmado que a vítima foi executada com dois tiros na cabeça. O homem teve sua caminhonete Hilux roubada pelos criminosos, que chegaram a sacar R$ 2 mil da conta de Antônio. Antes de morrer, a vítima foi obrigada a informar a senha do seu cartão.

Com o avanço das investigações, os policiais conseguiram chegar até os denunciados, que arquitetaram e executaram o plano de roubar e matar o garimpeiro. Eles tinham a intensão de sacar R$ 40 mil da conta bancária da vítima.

Segundo o delegado, Antônio tinha um relacionamento com uma adolescente de 16 anos e foi ela quem facilitou a entrada do bando na casa. “Ela abriu o portão e desligou o sistema de alarme para que os outros criminosos pudessem adentrar a residência. No dia do crime, ela estava na casa com a vítima”, detalhou Vinicius Lucena.

Os policiais descobriram ainda, que a adolescente tinha um relacionamento com um dos criminosos que entraram na casa de Antônio. Todos eles são vinculados a uma facção criminosa.

A caminhonete do garimpeiro foi localizada por policiais de Guajará-Mirim. O veículo foi abandonado por Ronisson, após atolar, durante a tentativa de colocar a Hilux em uma balsa, de onde ela seria levada para a Bolívia.

Ainda segundo o delegado, a intensão dos criminosos era roubar e matar a vítima para não deixar pistas. “Eles iriam executar a vítima para não correrem o risco de serem identificados posteriormente”, disse.